Rio – Elizandra Souza*
Hoje amanheci rio,
Não fico no mesmo lugar
Minhas margens não me comprimem
Minhas águas estão a navegar
Hoje amanheci rio,
Vou beber e me banhar
Não quero barco!
Hoje sou redemoinho, pode deixar
Não vou me afogar
Hoje amanheci rio,
Quero anoitecer me encontrando com o mar
Pescar estrelas
E adormecer na brisa do ar
*Mulher, negra, poetisa, jornalista, nasceu em 03 de julho de 1983, no bairro do jardim Iporanga, na Zona Sul de São Paulo. É criadora do projeto MJIBA – Jovens Mulheres Negras em Ação, editora da agenda cultural da periferia na ação educativa e locutora da rádio comunitária Heliópolis FM.
Pergunta para refletir sobre o poema: Amanhã, como queres amanhecer?
Parabéns pela iniciativa. Contos, encantos e poesia para tornar mais vivos os nossos dias de quarentena.
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Tatiana, é literatura para nos acolher, afetar-nos e para nos ajudar a recontar a nossa própria história.
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Belíssima iniciativa!
Que gostoso entrar neste cantinho e ver tantas lindezas nestes dias estranhos que estamos vivendo.
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