Pequeno Poema – Sebastião da Gama*
Quando eu nasci, ficou tudo como estava.
Nem homens cortaram veias, nem o Sol escureceu, nem houve estrelas a mais… Somente, esquecida das dores, a minha Mãe sorriu e agradeceu.
Quando eu nasci, não houve nada de novo senão eu.
As nuvens não se espantaram, não enlouqueceu ninguém…
Pra que o dia fosse enorme, bastava toda a ternura que olhava nos olhos de minha Mãe…
*Filólogo e professor de português, licenciado em filologia românica, conhecido como o poeta da Arrábida, nasceu em Azeitão, Portugal, em 10 de abril de 1924, e morreu em 7 de fevereiro de 1952, em Lisboa, Portugal.
Pergunta para refletir sobre o poema: O que lembras em ti, hoje, da ternura que olhava nos olhos da tua mãe?
Parabéns pela iniciativa. Contos, encantos e poesia para tornar mais vivos os nossos dias de quarentena.
CurtirCurtir
Tatiana, é literatura para nos acolher, afetar-nos e para nos ajudar a recontar a nossa própria história.
CurtirCurtir
Belíssima iniciativa!
Que gostoso entrar neste cantinho e ver tantas lindezas nestes dias estranhos que estamos vivendo.
CurtirCurtir