Quem me leva os meus fantasmas (https://www.letras.mus.br/maria-bethania/quem-me-leva-os-meus-fantasmas/)
Interpretação: Maria Bethania
Composição: Pedro Abrunhosa*
De que serve ter o mapa
Se o fim está traçado
De que serve a terra à vista
Se o barco está parado
De que serve ter a chave
Se a porta está aberta
Pra que servem as palavras
Se a casa está deserta?
Aquele era o tempo em que as mãos se fechavam
E nas noites brilhantes as palavras voavam
Eu via que o céu me nascia dos dedos
A ursa maior eram ferros acesos
Marinheiros perdidos em portos distantes
Em bares escondidos
Em sonhos gigantes
A cidade vazia da cor do asfalto
Alguém me pedia que eu cantasse mais alto
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada?
Quem me diz onde é a estrada?
Aquele era o tempo
Em que as sombras se abriam
Em que homens negavam o que outros erguiam
Eu bebia da vida em goles pequenos
Tropeçava no riso, abraçava de menos
De costas voltadas não se vê o futuro
Nem o rumo da bala
Nem a falha no muro
E alguém me gritava com voz de profeta
Que o caminho se faz entre o alvo e a seta
Quem leva os meus fantasmas?
Quem me salva dessa espada?
Quem me diz onde é a estrada?
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva desta espada e me diz onde é a estrada?
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem me salva dessa espada?
Quem me diz onde é a estrada?
Quem me leva os meus fantasmas?
Quem leva os meus fantasmas?
Quem me leva?
* Viajante, escritor, homem de palco por excelência é na estrada que se reencontra. Agora não leva a mochila nem vai sozinho. Na bagagem as canções e, por companhia, o imenso público que arrasta. (http://www.abrunhosa.com/pt/biografia).
Perguntas para reflexão: Que tempo é o agora? Quem nos salva?
Parabéns pela iniciativa. Contos, encantos e poesia para tornar mais vivos os nossos dias de quarentena.
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Tatiana, é literatura para nos acolher, afetar-nos e para nos ajudar a recontar a nossa própria história.
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Belíssima iniciativa!
Que gostoso entrar neste cantinho e ver tantas lindezas nestes dias estranhos que estamos vivendo.
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