Sem Título – Vanderlei da Silva
– Sou da favela não sou o vilão
Quero mais saúde e educação
Favelado e guerreiro não é o ladrão
– Sou da favela e tenho talento
Não entrem com guerra entrem com investimento
Chega de luta, de choro e lamento
Sou favelado sim mas não sou violento.
– Sou favelado e tenho orgulho de ser.
Curto funk, pagode, reggae e MPB
Injustiça e violência não vão prevalecer
– Favelado tá na mira sociedade
Discrimina o sistema, manipula e a covardia predomina
– Quero respeito justiça e paz
Quero direito de ir e vir e me tornar um bom rapaz
Ser exemplo para as crianças e orgulho para meus pais
– O presente sem guerra é um grande destino,
É melhor o barulho do canto dos pássaros
O barulho das crianças brincando do que o barulho dos tiros
– Com os pés no chão descalço, sem camisa, jogo bola, jogo flipe, solto pipa, faço rima.
A vida é dura. Sonhar é preciso.
Nunca pare de lutar, nunca se dê por vencido.
Pergunta para refletir sobre o texto:
O que é preciso ouvir da voz que vem da favela?
Parabéns pela iniciativa. Contos, encantos e poesia para tornar mais vivos os nossos dias de quarentena.
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Tatiana, é literatura para nos acolher, afetar-nos e para nos ajudar a recontar a nossa própria história.
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Belíssima iniciativa!
Que gostoso entrar neste cantinho e ver tantas lindezas nestes dias estranhos que estamos vivendo.
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