Girassóis da segunda semana de dezembro ou da fruição de uma vida integral, coletiva, amorosa
Está intensa, linda, forte, ampla, a luta em defesa da vida registrada esta semana no Brasil e em todo o mundo. Nos acolher e fortalecer nesse momento significa escolher, pavimentar e operar mudanças e transformações profundas, individuais e coletivas, que priorizem, cuidem e que, verdadeiramente, estejam a favor da espécie humana, respeitando os não humanos e preservando Mãe Terra, outorgadora de tudo que temos, de todo o que somos (https://www.cese.org.br/pandemia-e-direitos-humanos-relatorio-faz-balanco-de-2020/ ). A economia faz parte da vida. No entanto, ledo engano, abstração, cegueira, mobilizar governamentalidade, e seu regime de poder e formas de condução da vida, orientada para acumular riqueza e reforçar a condição animal de levar vantagem em tudo, comer e procriar (https://www.brasil247.com/blog/a-tatica-macabra-de-bolsonaro-para-adiar-a-vacinacao ).
Nossos corpos são o meio para ser-no-mundo, para ser-aí, para pulsar nossa existência aperfeiçoando nossas trajetórias sejam elas familiares, mentais, materiais, emocionais, relacionais, espirituais, cognitivas, acadêmicas, profissionais, entre outras. A multidimensionalidade, a experiência, o devir-outro, configuram e constituem os fenômenos e os processos de formação e promoção humana, de ética dos devires. Por isso, sentimos ser imprescindível resistir e lutar contra toda e qualquer narrativa ou ato de repactuação, principalmente, aqueles que tentam colocar em risco conquistas de bem-estar e direitos humanos (direito ambiental, trabalhista, previdenciário, social, cultural), historicamente, conquistados por todos nós (https://social.org.br/index.php/artigos/artigos-portugues/249-lancamento-do-livro-direitos-humanos-no-brasil-2021.html ). E o curioso é que, ao experimentar, na carne corpo-alma, os desafios e enfrentamentos de um país-mundo, escandalosamente, pandêmico, estejamos também propícios ao regozijo, não devido ao lucro financeiro ou à identificação com distopias. Mas, por termos “vazado” da matrix mercadoria, abandonado a bolha antivida sustentada pelo medo e mesquinhez, irmãs do ódio e da inveja. Por termos cuidado de si, do outro e do nosso mundo, por termos recusado, de forma radical, a barbárie que está aí. Sim, nós não vibramos mais nessa frequência e vivemos novos modos de ser. E, assim, estamos concluindo nosso semestre de ensino remoto 2020.3 com amor e êxito, nos aproximando das natalidades e da virada da folha do calendário para início de um outro ano e, principalmente, expandindo nossa consciência para experienciar fruição de uma vida integral, coletiva, amorosa, possível (https://www.youtube.com/watch?v=WiwGwtoCASM ).
Keyla Ferreira
Muito bom!
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