Giras(sóis)

Girassóis da semana que antecede os últimos dias de abril

Durante a semana que antecedeu os últimos dias de abril, diferentes Portais e Revista de grande circulação, no Brasil e no mundo, descreveram relatos de observação de casos clínicos e de resultados emergentes de estudos científicos que indicam que o novo coronavírus também pode afetar o cérebro. Como adverte o diretor do Departamento de Neurologia da Universidade da Califórnia em São Francisco, S. Andrew Josephson, segundo matéria publicada no Portal O Globo (https://oglobo.globo.com/sociedade), em 18 de abril de 2020, pacientes infectados com o vírus pode apresentar sintomas como desorientação, confusão mental e dificuldade para pensar, sendo esses sinais importantes que indicam a necessidade de atendimento médico.

Em consonância com essas observações, O artigo veiculado no Portal Terra (https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude), resultado de estudo emergente publicado na revista Trends in Neuroscience e assinado por cientistas brasileiros, apontam evidências de que o Sars-CoV-2, além do sistema respiratório, infecta também o sistema nervoso, outros órgãos e diferentes sistemas, como indicavam os estudos iniciais sobre o coronavírus. Ademais, os autores do artigo alertam para as consequências, a médio e longo prazo, decorrentes DESSA doença, pois a infecção por Sars-CoV-2 pode favorecer ou aumentar suscetibilidades ao desenvolvimento de enfermidades como Alzheimer e outros distúrbios neurodegenerativos ou neurológicos.

As complicações decorrentes do coronavírus também são descritas pela professora Karine Lacombe, chefe de serviço de doenças infecciosas e tropicais do hospital Saint-Antoine, em Paris, em entrevista concedida a Radio France Internacional (www.rfi.fr), no dia 21 de abril de 2020. De acordo com a professora, a observação de pacientes com covid-19 permite identificar coagulação com riscos importantes de acidentes vasculares cerebrais e embolias pulmonares, além de complicações no sistema digestivo, em particular, em pessoas idosas, e manifestações dermatológicas em pacientes na fase mais precoce da doença. Segundo a professora Lacombe, essa é uma infecção que põe em xeque os conhecimentos dos especialistas, indicando, assim, que se aprende a cada dia sobre a doença e sobre novas formas de tratá-la.

Nesse contexto de incertezas acerca do espalhamento e tratamento desse vírus e sabendo que, como afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em 22 de abril, no pronunciamento publicado no Estadão (https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil), “temos um longo caminho pela frente, [e] esse vírus nos acompanhará durante um longo tempo”, o distanciamento social ainda é a melhor medida para combater o vírus.

Portanto, FiqueEmCasa e crie, como diria Fernando Pessoa/Alberto Caeiro, o seu modo natural de ser na (in)felicidade desse momento de pandemia provocado pela covid-19, em um mundo que, seguramente, não voltará a ser o mesmo. Para, nesse movimento, como sugere o sociólogo e filósofo Edgar Morin, em entrevista concedida ao Le Monde (https://www.cartamaior.com.br), o confinamento físico transforme-se em desconfinamento da mente, expandindo-a no sentido de proporcionar a contextualização e assimilação das lições que estão posta no nosso tempo, encorajando-nos, motivando-nos, na construção de culturas outras, sociabilidades outras, rumos outros, corpos outros que assegurem, verdadeiramente, a realização integral da existência humana no planeta terra.

Por Sandra Ataíde e Keyla Ferreira

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